Karim, André, Geovani

Uma das delícias da Mostra SP, para além dos filmes, são os encontros. Nem precisa marcar, você vai se esbarrar com os amigos e conhecidos – muito deles críticos, outros são amizades que se construíram justamente ao redor do evento no decorrer do tempo. Ou seja, é onde a cinefilia se encontra.

Mas eu queria mesmo era falar de um inusitado encontro, descendo apressadamente a R. Augusta em direção ao cinema. André Novais de Oliveira (diretor de Temporada, Ela Volta na Quinta etc), descia também a rua procurando uma loja de discos antigos. Perguntei, intrigado, se ele ou a galera da Filmes de Plástico tinha algum filme na Mostra – porque se tivesse eu tinha  passado batido.

Mas não. André me conta que estava em São Paulo trabalhando com Karim Aïnouz. Isso mesmo, os dois estão escrevendo a adaptação do livro O Sol na Cabeça, do jovem Geovani Martins para Karim dirigir. Acho que eu já tinha ouvido falar sobre esse projeto, bom saber que ele está caminhando, ainda mais com a contribuição de André.

O Sol na Cabeça é um livro de contos cujas histórias se passam nas favelas do Rio de Janeiro. Fez um certo sucesso quando lançado ano passado, sendo o primeiro livro de um jovem escritor. Há um tempo pensei em comprá-lo, mas me passei. Farei agora, é claro. Já anseio por esse filme, Karim deve dirigir.

O diretor está em São Paulo para apresentar A Vida Invisível, nosso representante ao Oscar. O filme? Uma maravilha, melodrama encorpado, mas cru e sensível ao mesmo tempo. Aguardem que estreia no próximo dia 21. Em Salvador, passa na abertura do Panorama na próxima quarta. Karim e suas ótimas atrizes estarão lá.

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